Modalidade coloca talentos em contato com as companhias para a resolução de tarefas específicas, suprindo as necessidades de ambos os lados
A Future Market Insights revelou que o trabalho sob demanda (também conhecido como staff on demand) deve atingir cerca de US$ 1,1 bilhão até 2032. A modalidade vem crescendo a cada ano, inclusive no Brasil, por desburocratizar a contratação profissional e suprir tanto as necessidades de trabalhadores quanto das empresas.
No modelo, as companhias contratam colaboradores para participarem de projetos específicos, sem a criação de um vínculo empregatício permanente. Normalmente, as missões presenciais ou virtuais são disponibilizadas por meio de plataformas especializadas do setor, que colocam os usuários de várias áreas em contato com as marcas sem o comprometimento de tempo e local.
Segundo Thales Zanussi, fundador e CEO do Mission Brasil, referência no segmento no Brasil, uma das maiores vantagens dessa estrutura é a redução de custos relacionados aos processos de contratação. “A tarefa de buscar um talento para uma determinada atividade acaba se tornando mais assertiva. Muitas das pessoas ideais para as oportunidades estão a quilômetros de distância do escritório da marca, mas, dentro da atual realidade digital, o trabalho sob demanda elimina esse empecilho e traz agilidade para o RH”, diz.
Garantia de renda com flexibilidade
Esse mercado também é uma excelente alternativa para aqueles que desejam abraçar modalidades profissionais flexíveis. Para se ter uma ideia, a Fragomen estima que existam 35 milhões de nômades digitais (indivíduos que usam a tecnologia para exercer suas profissões de modo remoto) atualmente, número que deve aumentar para 1 bilhão em 2035.
Para Zanussi, o trabalho sob demanda se encaixa perfeitamente nas metas dos trabalhadores que priorizam os modelos de home office e híbridos. “A pessoa consegue encontrar a função perfeita para aquele momento da sua vida em menos tempo, ou apenas garantir uma renda extra para equilibrar os gastos do mês. Em todo caso, é um cenário que preza pelo poder de escolha e, consequentemente, valoriza a rotina fora do expediente”, afirma.
Contratos sérios e transparentes
Apesar de não promover um vínculo empregatício permanente entre o profissional e a empresa, o trabalho sob demanda não é uma modalidade informal. De acordo com o CEO, o setor olha com atenção para a elaboração de contratos transparentes e a remuneração rápida, evitando um possível receio em relação à credibilidade desse mercado.
“No próprio Mission Brasil, todas as missões são pagas após 48 horas e os prazos são organizados com clareza, justamente para reforçar a ideia de praticidade e autenticidade do segmento. Portanto, é um formato sério, que visa democratizar oportunidades profissionais e escalar negócios de forma totalmente legítima”, conclui o executivo.