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Telefonia em nuvem consolida mercado na esteira do crescimento das digitalizações

Telefonia em nuvem consolida mercado na esteira do crescimento das digitalizações

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A expansão territorial do 5G, a consolidação do trabalho remoto e a digitalização crescente nas corporações são causas e consequências do crescimento expressivo no mercado de operações em nuvens: ambientes virtuais onde diversas tecnologias podem ser operacionalizadas, como o contato por voz. No contexto, muitas ferramentas ganharam destaque no mercado, inclusive algumas mais antigas como o VoIP (Voz sobre Protocolo de Internet). Em 2022, o Future Marketing Insights contabilizou um valor de US$ 43,92 bilhões do mercado mundial, mas a previsão é que ultrapasse US$ 118,86 bilhões até 2033.

Mesmo com a recente expansão do mercado de VoIP, a tecnologia começou a ser desenvolvida há mais de 20 anos e foi lançada inicialmente em 1995 por uma empresa de Israel, a VocalTec Communications. A digitalização da voz para uso na internet serviria para baratear o processo com a redução dos custos operacionais e de reparos no telefone e, assim, muitas empresas investiram na tecnologia. Atualmente, o serviço de telefonia em nuvem ganha ainda mais espaço nas empresas ao permitir um contato facilitado entre pessoas que estão em diferentes localidades, além de permitir a coleta de dados que melhoram os serviços de atendimento, como avaliação da solução do problemas de clientes, o tempo utilizado e possíveis gaps ou acertos da interação telefônica.

Se no início os sistemas de VoIP dependiam da CPU para rodar em aplicativos, o desenvolvimento dessas tecnologias permitiu a operação em nuvem. O relatório da Future Marketing Insights avalia que mesmo o aumento da utilização de smartphones tem um impacto positivo para a telefonia na nuvem e aumenta a inclusão ao possibilitar comunicação de telefone para telefone para computador e até mesmo para tablets. Algumas bigtechs oferecem o serviço, como o Skype e o Google, mas há startups se especializando nesta oferta, com softwares personalizados para as necessidades dos clientes no setor B2B.

Este é o caso da SIPPulse, empresa que se especializou em tecnologias para telecomunicações e telefonia, entre eles o VoIP. Sediada em Florianópolis, em Santa Catarina, a startup percebeu a procura por esse tipo de serviço principalmente em setores de atendimento ao cliente. O CEO, Flavio Eduardo de Andrade Gonçalves, conta:

“Por mais que a comunicação assíncrona permitida por e-mail e redes sociais tenha diminuído o uso do contato por telefone fixo ou celular, muitos clientes preferem resolver problemas e pedir orientação de seus fornecedores por telefone, uma forma de comunicação bem mais direta e efetiva”.

Flavio Eduardo de Andrade Gonçalves

A telefonia VoIP começou a ser oferecida pela SIPPulse na esteira do crescimento da busca por serviços em nuvem. “As grandes corporações, como indústrias, organizações de logística e serviços de varejo estão na esteira da digitalização, em busca de operações que gerem dados que, mais tarde, dão suporte às melhorias. As PMEs também buscam otimização do serviço e isso passa necessariamente pela comunicação, tanto a interna como a externa”, analisa o CEO.

Para a Future Marketing Insights a percepção de crescimento é parecida. O retorno às atividades presenciais do pós-pandemia reduzem a intensidade do crescimento deste mercado, mas a tecnologia deve permanecer em expansão e seu uso não foi descartado. “É provável que o mercado cresça de forma constante entre 2023 e 2028”, analisam no relatório. O CEO da SIPPulse complementa que há benefícios tecnológicos na telefonia em nuvem, como a possibilidade de transferir chamadas entre um aparelho e outro, em diferentes endereços. Segundo Flávio, na medida em que a conexão a redes de internet de qualidade ganhar território no Brasil, o VoIP também seguirá sua expansão.