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Tecnologia, inovação e formação transversal continuada: Três pilares que moldam uma nova relação entre o profissional da Saúde e o paciente

Tecnologia, inovação e formação transversal continuada Três pilares que moldam uma nova relação entre o profissional da Saúde e o paciente

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Se a tecnologia já faz parte do dia a dia da sociedade, é na área da Saúde que ela vem se destacando com ferramentas inovadoras e transformadoras. Da modelagem em 3D, treinamento com equipamentos que simulam reações do paciente, à robotização cirúrgica com precisão milimétrica de tecidos e órgãos humanos, os recursos cada vez mais otimizam o trato do paciente. Mas toda essa parafernália tecnológica não funciona de fato se quem opera essas ferramentas não usa a sua essência humana, o seu conhecimento adquirido, ou não possui o discernimento de processos no atendimento de seu paciente como um todo. Esses foram alguns dos tópicos discutidos no VIII Congresso Multiprofissional do Centro Universitário São Camilo- SP, realizado em São Paulo.

Segundo o professor Gilberto Back, docente dos cursos de Gestão de Negócios da instituição, é na aplicação desses processos que fica o “calcanhar de Aquiles” dos profissionais em geral.

“O Brasil ainda é muito precário em produtividade em relação aos países desenvolvidos em geral e o investimento em transformação digital nasce da necessidade de as empresas serem mais produtivas devido à competitividade do mercado.”

Professor Gilberto Back, docente dos cursos de Gestão de Negócios da instituição.

Ele coordenou uma roda de conversa com o especialista em gestão digital, Heitor Ruiz Leonel, e ambos entraram em consenso que as tecnologias “são a ponta do iceberg da transformação digital”.

Para Leonel, o profissional que não possui a certeza de como e quais são as ferramentas que ele vai aplicar para cada necessidade, por mais que elas sejam avançadas, não vai chegar a obter resultados concretos. “É preciso que ele Identifique o problema, a situação e descubra como evoluir”, explicou. Ainda de acordo com o especialista, “olhar a gestão do todo de um processo é o primeiro passo para iniciar um movimento de transformação digital. O outro passo é se perguntar que problema ele quer resolver?”.

Inteligência artificial (IA) e Metaverso – O ensino transversal que possibilita ao aluno obter conhecimento sobre a gestão de processos, o atendimento humanizado e a qualificação para uso de ferramentas inovadoras são a base para a formação de um profissional preparado para enfrentar os desafios de sua carreira. A dica dos docentes para quem quer estar inserido no mercado e sempre atualizado com as tendências mundiais é que a tecnologia pode ajudar a quebrar barreiras linguísticas e diminuir a distância geográfica das pessoas.

Um ambiente que está em criação é o Metaverso da Saúde e as pessoas da área devem estar preparadas para levar suas ideias para esse local onde elas podem repaginar a relação do profissional da Saúde com o paciente.

O que pode ser brincadeira de criança, como óculos de realidade aumentada, também possibilita o estudo da anatomia, por exemplo, e o metaverso pode ser o local de encontro e de pesquisa para a comunidade acadêmica de todo mundo. São ferramentas que revolucionam a formação de profissionais da Saúde, proporcionando um estudo mais eficaz e, na prática, os prepara para lidar com os desafios em constante evolução em suas áreas de atuação. Um exemplo da reinvenção do profissional da Saúde é a participação na criação de aplicativos e softwares de pesquisa e diagnóstico de patologias.

O professor de Gestão em Saúde, Carlos José Carneiro, considera o uso da tecnologia e, especialmente, o uso da IA, como auxiliar desses profissionais para aumentar a produtividade e alcançar resultados mais assertivos, mas alerta que não irão substituir o ser humano. “O raciocínio do ser humano é composto por algo que a IA não tem, que são as camadas em escala que consistem em dado, informação, conhecimento e inteligência e até hoje ninguém criou uma sabedoria artificial e que nem tão cedo será criada”, explicou.

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