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Projeto Obinrin oferecerá capacitação e planejamento para afroempreendedoras a partir desta segunda-feira

planejamento para afroempreendedoras

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Nesta segunda-feira (27) terá início o projeto Obinrin, que significa mulher na língua Yorubá e visa a capacitar mulheres pretas em áreas como planejamento de negócios, ESG para pequenos negócios, gestão financeira e marketing digital. O Obinrin é uma iniciativa da ONG Reafro (Rede Brasil Afroempreendedor), em parceria com a UnitedHealth Group Brasil e a AfroSaúde, e uma continuidade do projeto Afronegócios Virando Onda, com três edições realizadas entre 2020 e 2022. A Reafro é a maior rede de afroempreendedores do Brasil.

Contudo, a grande diferença entre o Virando Onda e o Obinrin é que nas edições anteriores o projeto foi realizado com afroempreendedoras de forma individual, não coletivos. Já o Obinrin vai abranger grupos de mulheres. Serão 11, com um total de 168 inscritas de oito estados (Alagoas, Amapá, Maranhão, Paraná, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo), com maior foco para as regiões Norte e Nordeste.

“Nosso foco é levar para as mulheres pretas e indígenas participantes um novo olhar para empreenderem seus negócios, com conhecimento, identidade e autonomia econômica. A equipe da coordenação pedagógica e de gestão institucional organizou um combo no qual as integrantes estarão acolhidas em um ambiente com escuta ativa para suas demandas de crescimento”, enaltece o coordenador geral da Reafro, João Carlos Nogueira.

Todo o processo de mapeamento e seleção foi realizado pela Reafro, formando um total de 11 coletivos: Nosso Ilé (Alagoas), Zwanga Afroperiferia Fashion (Amapá), Mulheres Negras Empreendedoras (Maranhão), Elzas (Pará), Mulheres Reafro (Paraná), Mulheres Negras da Reafro (Pernambuco), Aldeia Marakanã (Rio de Janeiro), Cabeça de Negra (Rio de Janeiro), Empreenda Pretas (São Paulo), Espaço das Pretas (São Paulo) e Meninas Mahin (São Paulo).

“A escolha foi feita após mapeamento de Coletivos de Mulheres Negras que atuam nos estados, e focamos nos que apresentaram melhor potencial para aproveitar os conteúdos oferecidos. Enviamos as cartas-convite e realizamos reuniões de acolhimento e troca de informações.”

João Carlos Nogueira

Conteúdos, desafios, mentorias, seminários presenciais e Encontro com Notáveis darão o tom da qualificação proposta pela Reafro, garantindo formação de cursos básicos e capacitação empreendedora para os coletivos em um período de três meses. Outra missão da Reafro é potencializar um grupo de lideranças de mulheres em cada um dos coletivos, a fim de fortalecer a continuidade do processo de articulações local, regional e nacional.

Paralelamente ao apoio às afroempreendedoras do projeto Obinrin, a mais nova parceira do projeto, a AfroSaúde, também realizará um trabalho de saúde mental por meio do Programa Aya, junto com dois outros grupos de pessoas: 25 jovens entre 15 e 20 anos do Instituto Entre o Céu e a Favela, no Morro da Providência (RJ), e 16 pessoas com deficiência de diversas cidades do Brasil, indicadas pelo coletivo Vidas Negras com Deficiência Importam (VNDI), cuja sede é no Rio de Janeiro, mas possui atuação nacional contra o racismo e o capacitismo.

“Uma ótima ajuda cruzada de grande importância para os Coletivos de Mulheres Negras, que, sem nenhuma alguma, foram atingidas na saúde mental durante a pandemia. Vamos somar nossas metodologias”, reforça Nogueira.

Além da Reafro e da AfroSaúde, o projeto Obinrin conta com o apoio da UnitedHealth Group Brasil, companhia que controla as operadoras Amil e Amil Dental e a rede médico-hospitalar Américas.