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MEC está ganhando impulso globalmente e promete crescimento na América Latina nos próximos anos

MEC está ganhando impulso globalmente e promete crescimento na América Latina nos próximos anos

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A 5G e a Edge Computing são tópicos extremamente relevantes para a indústria global de telecomunicações atualmente, conforme evidenciado por uma infografia elaborada pela 5G Americas com dados da empresa de pesquisa de mercado Frost & Sullivan. “Este ano, as operadoras de telecomunicações desenvolveram casos de uso de Edge Computing em redes privadas com algumas aplicações-chave que podem ser desenvolvidas tanto para empresas quanto para consumidores, e estão investindo consideravelmente”, afirmou Renato Pasquini, Vice-Presidente Global de Pesquisa da Frost & Sullivan, que apresentou dados sobre esse mercado em um recente webinar para a 5G Americas.

“A decolagem da edge computing começa a exigir serviços inovadores à medida que é impulsionada por aplicações específicas cuja tecnologia permite avanços e os usuários, sejam corporativos ou do público em geral. Segmentos como jogos, entretenimento, veículos conectados, realidade aumentada, vídeo em alta definição, inferência de inteligência artificial, Internet das Coisas, indústria 4.0 e cidades inteligentes, entre outros, poderão ser abordados de maneira completamente diferente, graças à proximidade dos recursos de processamento aos dados. Isso certamente exercerá uma enorme pressão sobre o desenvolvimento das redes de telecomunicações, que precisarão evoluir como nunca antes para nos proporcionar essas novas possibilidades.”

José Otero, Vice-Presidente para a América Latina e o Caribe da 5G Americas.

A edge computing consiste em implantar capacidades de processamento em locais da rede próximos ao local onde os dados são coletados e utilizados. Esse conceito pode incluir dispositivos e sistemas de Internet das Coisas, locais de filiais e instalações corporativas e/ou industriais, ambientes de trabalho remoto de todos os tipos, dispositivos móveis e veículos, entre vários outros casos de uso. Faz parte de um ambiente híbrido de nuvem, no qual as cargas de trabalho são equilibradas, utilizando recursos flexíveis e integrados de processamento, armazenamento e gerenciamento de dados, do limite ou extremidade da rede para os centros de computação e, a partir daí, para a nuvem.

Segundo a Frost & Sullivan, 71% das organizações de negócios já estavam utilizando ambientes híbridos de várias nuvens em 2022, em comparação com 47% no período de 2021. Além disso, 54% das organizações de negócios implantaram aplicativos na borda ou em locais de filiais, conforme informações da empresa de inteligência de mercado.

As principais indústrias que começaram a utilizar configurações de edge computing são: manufatura (59%), varejo e atacado (58%), transporte e logística (53%), saúde (52%), turismo e hospitalidade (51%), alta tecnologia (51%), bancos e finanças (49%), e alimentos e bebidas (47%), de acordo com o estudo Frost & Sullivan Cloud Survey de 2022.

No caso da América Latina, a região tem amplo potencial de crescimento no segmento de computação de borda multiacesso (MEC). Segundo a consultoria, em 2021, a projeção de receitas para o segmento MEC era de 2,2 milhões de dólares na América Latina, em comparação com 747,1 milhões de dólares para o resto das regiões. Até 2025, a Frost & Sullivan projeta 293,1 milhões de dólares em receitas para a América Latina em relação ao MEC, em comparação com 15.989,1 milhões de dólares para o restante do mundo. Ou seja, a taxa de crescimento anual composta (CAGR) será de 239,7% para a América Latina nesse período, enquanto para o conjunto das outras regiões será de 115,1%, de acordo com a consultoria.

Por outro lado, embora o MEC tenha um grande potencial de crescimento em redes privadas – deve crescer a uma CAGR de 99%, chegando a 10.583,4 milhões de dólares em 2025 -, o maior aumento será na oferta de serviços públicos, que crescerá a uma taxa composta de 195,3%, atingindo 5.698,8 milhões de dólares em 2025, de acordo com a Frost & Sullivan.