O aceleramento do consumo causado pela pandemia evidenciou um movimento que até então era popular apenas no mundo dos games. O termo metaverso ganhou destaque quando em meados de 2021, Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, modificou o nome da sua empresa para Meta Platforms, essa movimentação deu vazão para o termo que surgiu há pelo menos 30 anos, em uma obra literária de ficção científica.
O metaverso é definido por um espaço virtual compartilhado, uma tecnologia capaz de inserir pessoas e coisas reais em um universo virtual. Além da tecnologia de realidade virtual, outras tecnologias descentralizadas como criptomoedas e NFTs também contribuem para a construção desse ciberespaço.
O Head de Marketing da Sphynx, Danilo Matos, explica que hoje temos inúmeros tipos de metaverso, como o metaverso descentralizado, que foi criado para o funcionar dentro de um blockchain, ou seja, tudo ali dentro ou é um NFT ou tem criptomoedas ou tem tokens funcionando ali dentro.
“O metaverso que eu acredito que demorará mais para funcionar e se popularizar é justamente esse, porque ele depende do onboarding de blockchain. Se a pessoa quiser participar do The SandBox, por exemplo, ela obrigatoriamente precisa abrir uma carteira e infelizmente atualmente esse onboarding não é tão fácil quanto a gente pensa”.
Para além da abertura de carteira no metaverso, Danilo conta que existem processos burocráticos para se explorar o universo virtual da Web3.
NFT para endomarketing
O movimento de ativos digitais e do ciberespaço, empresas de todos os tipos e segmentos têm encontrado formas de se inserir, mesmo que de forma gradual e pontual.
O Head conta que empresas têm cada vez mais aumentado a sua abertura e intenção em se conectar com o metaverso. Danilo explica que recentemente entregou um projeto de NFT para uma empresa do ramo hospitalar.
“A ideia da empresa era comemorar o sucesso de implementação de um aplicativo, junto ao seu time de marketing e TI, distribuindo NFTs aos membros participantes do projeto, a empresa não só presenteou seus colaboradores com o NFTs, mas também uma trilha de conteúdo sobre web3, criptomoedas, sobre carteira”, avalia.
Danilo Matos, Head de Marketing na Sphynx
Marketing digital no Metaverso
Como dito anteriormente, o metaverso hoje orbita o mundo dos games e de marcas e personalidades que pontualmente se mostram abertos a essa tecnologia. Para o Marketing Digital existem oportunidades a médio prazo, com o foco no desenvolvimento interfaces de realidade virtual para criação de ambientes totalmente digitais e imersivos.
A integração entre real e virtual se dá através de dispositivos tão familiares quanto os óculos que usamos no dia a dia, porém capazes de processar informações sob a forma de sons, imagens e texto projetando-os no espaço físico.
Para o CEO da TRIWI consultoria em Marketing Digital Ricardo Martins, as empresas de marketing digital podem despontar nesse primeiro momento para testarem o melhor formato que faça sentido aos seus clientes e aos objetivos da empresa, criando um paralelo entre mundo real e virtual.
“Acredito que quando o metaverso estiver estabelecido, o marketing digital pode aproveitar oportunidades de anúncios de outdoor em redes de display, por exemplo, assim como a possibilidade de segmentar público nos anúncios de forma unificada”, finaliza.
Com inúmeras possibilidades o metaverso é a grande aposta de empresas de tecnologia e comunicação, com a capacidade de ser formatado nos próximos anos, as empresas especulam e se movimentam em busca do seu lugar no ciberespaço.