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Ensinar empreendedorismo na escola ajuda a desenvolver habilidades críticas em crianças e adolescentes

Empreendedorismo na escola

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*Paula Lotto  

Durante uma conversa informal e descontraída com amigos, vizinhos, colegas de trabalho ou parentes, é possível que você já tenha dito ou ouvido a seguinte frase: “Se eu tivesse aprendido os conceitos básicos de Empreendedorismo e de Educação Financeira na escola, tudo poderia ser diferente agora”. Estou certa, não estou?  

Digo a você que essa é uma percepção correta. O ensino dos conceitos de empreendedorismo e de educação financeira desde a infância, ainda nas salas de aula das escolas, pode ajudar a desenvolver a criatividade, a inovação e o trabalho colaborativo.  

Ao ensinar como funciona o empreendedorismo e a mente empreendedora às crianças desde a Educação Infantil, passando pelo Ensino Fundamental, até chegar ao Ensino Médio, fazemos com que elas tenham a base e se tornem aptas a resolver as mais diferentes situações do dia a dia de maneira proativa. Além disso, crescem tendo a cultura empreendedora enraizada em suas atitudes e as consequências de terem recebido esses estímulos desde cedo serão vistas e sentidas pela sociedade quando eles atingirem a idade adulta.  

Claro que essa não é uma tarefa simples. Não se ensina empreendedorismo às crianças com todas elas sentadas em frente ao professor e à lousa. É preciso realizar atividades diferentes, dinâmicas que estimulem os estudantes a observar o mundo que os cerca e pensar em melhorias possíveis para as situações selecionadas. Isso significa que cabe ao professor colocar em discussão assuntos que tenham relação com a realidade daquela turma.  

Ao perceber quais são as problemáticas e propor soluções a elas, as crianças começam a perceber de que maneira podem contribuir com a sociedade, entender o que significa o sendo de coletividade, exercitar a criatividade e, claro, experimentar a liderança. Para tornar tudo mais real e palpável, trabalha-se com a proposta de criação de uma empresa fictícia. Ou seja, os alunos precisam pensar em como vender seus produtos ou serviços, descobrem como é criar uma empresa, devem passar pela experiência de criar o nome e um slogan para o negócio, como calcular o preço, fazer a contabilidade da empresa, inclusive, com o ‘pagamento de impostos’.  

É surpreendente ver até onde eles podem chegar. As crianças estudam opções e avaliam saídas até encontrar soluções para fazer os negócios ganharem forma. Ainda, colocam a mão na massa, preparando os produtos que vão comercializar e sentem, de verdade, mesmo que em menor escala, quais são as dificuldades que o empreendedorismo enfrenta no nosso país. Todas as etapas de um projeto como esse, proporcionam um aprendizado riquíssimo a cada um deles e, muitas vezes, chega a impactar e a engajar as próprias famílias.  

Despertar nas crianças a curiosidade empreendedora, ensinar que para chegar a um resultado positivo é necessário comprometimento, iniciativa, criatividade, persistência e estudo é, sem dúvida, um excelente legado no qual investir. Acredito que, desta maneira, teremos cidadãos capazes de promover mudanças positivas no mundo.