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Empresas de tecnologia apostam em gestão do conhecimento para reduzir defasagem de mão de obra no setor

Defasagem de mão de obra

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Não é de hoje que a área de tecnologia da informação vive um apagão de profissionais qualificados. Dados do Fórum Econômico Mundial apontam que 55% das empresas do setor encontram lacunas de competências para a contratação de trabalhadores nesse ramo. No Brasil, a situação não é diferente. Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais, o país deve ter um déficit de 532 mil pessoas para trabalhar na área. Diante da alta defasagem, algumas empresas têm apostado na criação de uma área para a construção do conhecimento e capacitação.

Na tentativa de driblar a alta defasagem profissional no mercado de tecnologia para desenvolvimento de projetos, o CEO da Infox Tecnologia, Fábio Barros, aposta na criação de uma área para a construção do conhecimento e capacitação de seus colaboradores.

“Estamos investindo na criação de uma área de gestão de conhecimento, pesquisa e inovação. Focaremos em trilhas de formação de hard skills que precisamos. Isso é um trabalho de médio e longo prazo, mas que precisa começar agora. Precisamos não só preparar nossos colaboradores para novas tecnologias, como também precisamos ir atrás de coisas que serão tendências daqui a 3 ou 4 anos. É isso que nos colocará na vanguarda dos serviços que prestamos para nossos clientes”, destacou o CEO.

De acordo com Barros, a relação entre o tempo de formação e as exigências têm, atualmente, grande incompatibilidade, mas que nos próximos anos a expectativa é de que isso possa ser corrigido.

“Os movimentos das universidades corporativas e a adaptação do sistema de ensino formal, para as novas tecnologias, deve reduzir isso. Os próximos 3 ou 4 anos ainda serão de uma relação deficitária entre vagas e profissionais. Há muito espaço para ser preenchido. Parte desse espaço deve ser tomado pelo mecanismo de reciclagem de profissionais que estão se atualizando e isto terá um impacto no médio prazo, com certeza”.

Fábio Barros

Alguns estudos apontam a baixa capacitação profissional neste setor como principal empecilho para a produção de novas tecnologias. O relatório “O impacto e o futuro da Inteligência Artificial no Brasil”, produzido pelo Google for Startups, destacou que 57% das empresas acreditam que o déficit de colaboradores qualificados é o que mais prejudica o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) no Brasil, por exemplo. Para a Infox, o “hype” está fazendo muita gente querer este mecanismo em qualquer solução tecnológica, sem observar a esteira de formação profissional no país.

Para Fábio Barros, o desenvolvimento dessas novas tecnologias revisita alguns desafios que o setor e as empresas enfrentarão nos próximos anos. “A pesquisa e o desenvolvimento das empresas e das universidades precisam pensar não só no produto fim que a Inteligência Artificial pode gerar, mas em como se constrói um novo algoritmo, uma nova solução antes do produto-fim. Isso pode ser o grande diferencial do Brasil nesse setor”, pontuou.

Em 2023, a área de tecnologia deve continuar liderando as intenções e procura do mercado de trabalho. Entre os cargos que devem continuar em alta, estão os ligados à inovação, transformação digital, e-commerce e desenvolvimento. E a inovação é uma das áreas onde a empresa atuará neste ano, investindo em novas tecnologias para os produtos ofertados pela empresa. “Um exemplo disso é que queremos trazer mais inteligência de dados para dentro dos nossos produtos. Manipulamos um monte de informações, mas ainda entregamos pouco sobre o que essas informações representam para os nossos clientes”, concluiu.