O ano de 2022 começou marcado por um congelamento no mercado de Venture Capital global. Dentro e fora do Brasil foram observadas demissões em massa e outras iniciativas de preservação de caixa para enfrentar a baixa dos investimentos. Em contrapartida, 2021 foi um ano de recordes de aportes em startups brasileiras, que receberam mais de US$9,6 bilhões, um crescimento de 174% em relação a 2020. De acordo com o Distrito, as projeções para 2022 são de cerca de 50% de crescimento, estimando que as startups devem captar entre US$10 e US$12 bilhões ao longo do ano.
Nesses momentos, a internacionalização do negócio é uma das soluções possíveis, não só para enfrentar a crise como também para alcançar novos nichos e possibilidades de vendas. Ampliar a atuação de uma empresa para outros países é um caminho possível para os empreendedores que querem ganhar competitividade, elevar o nível técnico do negócio e melhorar os resultados da empresa.
Dentro desse contexto, uma grande aliada do ecossistema brasileiro é a Dream2B, Venture Builder Internacional especializada em desenvolver oportunidades comerciais para empresas de tecnologia e startups entre os mercados Canadense e Brasileiro. Em março de 2022, a empresa liderada pela empreendedora Regina Noppe recebeu um investimento de US$10 milhões, realizado pela Victory Square, venture builder canadense de capital aberto que tem em seu portfólio mais de 20 startups globais que usam IA, VR/AR e blockchain em setores como fintech, seguros, saúde e jogos. O aporte recebido tem como objetivo continuar investindo no processo de internacionalização das startups brasileiras que já estão no portfólio da Dream2B, assim como as que participarem dos próximos ciclos de aceleração.
Fundada em 2015, a Dream2B já ajudou mais de 50 startups brasileiras a começarem a expandir seus negócios para o exterior, alguns exemplos são Data H, SafeTest, Sólides, e Coinwise (atual ZeroBank). O objetivo da Dream2B é selecionar e investir nas melhores startups brasileiras que tem potencial de internacionalização para o Canadá, reforçando a ponte entre os dois países e fomentando negócios brasileiros.
“Mas por que escolher o Canadá? Sempre que me perguntam isso gosto de lembrar que o Canadá é, atualmente, um dos polos tecnológicos que mais cresce no mundo. Através dele muitas portas de entrada são abertas para o mercado internacional dos Estados Unidos, Ásia e Europa”.
Diz Regina Noppe, fundadora da Dream2B
A seleção para o mais recente programa de aceleração realizado pela Dream2B aconteceu também em março deste ano e foram selecionadas 10 startups brasileiras. Nesta 7ª edição, o foco era escolher startups com aplicações de tecnologias como inteligência artificial, blockchain, nanotecnologia, indústria 4.0 e IoT. As startups que estão sempre no radar da Dream2B são aquelas em estágio de crescimento acelerado, que tenham produtos disruptivos e vocação para se tornarem rapidamente escaláveis globalmente.
“Essa última turma selecionada irá passar pela aceleração diretamente no Canadá. No nosso programa é feita uma verdadeira imersão: os empreendedores passam um mês no Canadá, com passagens e hospedagens inclusas, e seguem um cronograma que inclui mentorias individuais com especialistas de mercado, validação do modelo de negócio e conexões com empresas, instituições e investidores norte-americanos”.
Conta Regina.
Uma das grandes vantagens do programa, especialmente no contexto atual, é que as startups com melhor desempenho podem receber aportes que variam entre US$250 mil e US$5 milhões e recebem a oportunidade de aplicar para o Startup Visa, parceria entre Dream2B e o Spark Centre. O Startup Visa é um dos benefícios mais cobiçados por empreendedores do mundo todo, com ele é possível ter um visto de residência permanente no Canadá e também ter acesso a expansão do negócio no país.
Com mais de 25 anos de experiência em grandes empresas, Regina tem como missão pessoal fomentar o empreendedorismo feminino brasileiro, principalmente para ajudar mulheres a conseguirem investimentos. De acordo com o Female Founders Report, estudo promovido pela B2Mamy com o Distrito e a Endeavor, dos US$3,5 bilhões de investimentos feitos em startups brasileiras em 2020, apenas 0,04% do total foram para startups de mulheres. Além de estar à frente da Dream2B, Regina também faz parte de instituições internacionais como o Startup Lab, iniciativa do Vale do Silício, e o Women In Tech, organização internacional sem fins lucrativos com a missão de diminuir o gap de gênero no ecossistema de startups.
“Existe uma grande discussão sobre a dificuldade de mulheres conseguirem investimentos para suas empresas em um ecossistema majoritariamente masculino, o que torna ainda mais complicada a ascensão das startups com fundadoras mulheres. Recentemente estive em Paris para o Summit Paris e participei de uma reunião privada com a embaixadora dos Estados Unidos para discutir exatamente essa questão. Por isso, enquanto mulher à frente de uma Venture Builder Internacional, sinto grande vontade de levar mais fundadoras para conseguirem oportunidades fora do Brasil, não só no Canadá, que é uma das grandes portas de entrada para o mercado internacional, mas também para outros países fazendo uma verdadeira ativação do networking global”.
Finaliza.
Sobre a Dream2B
Fundada em 2015, com sede em Vancouver, Canadá e presenças em São Paulo e Florianópolis, Brasil, a Dream2B é uma venture builder internacional especializada em desenvolver oportunidades comerciais para empresas de tecnologia e startups entre os mercados Canadense e Brasileiro. Os programas da Dream2B já ajudaram mais de 50 startups brasileiras a internacionalizarem para a América do Norte, por meio de programas de aceleração internacional, levantamento de capital, missões internacionais de investimentos e desenvolvimento de oportunidades de negócios entre empresas dos dois países.
