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Baixa natalidade favorece o crescimento dos pet shops no Brasil

Indústria de pets cresce no Brasil

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Nos últimos anos houve uma explosão de investimentos em startups da área de tecnologia. O surgimento de fintechs, legaltechs, prevtechs, entre outras com soluções inovadoras, realmente atraiu o interesse de muitos e tem movimentado o mercado. Mas a tecnologia da informação não é a única a proporcionar boas oportunidades. Segundo Igor Romeiro, cofundador da Efund, plataforma especializada em unir startups a investidores, o setor de pets (animais de estimação) tem crescido exponencialmente nos últimos anos e se mostrado uma boa alternativa àqueles que buscam rentabilidade. 

Romeiro usa como base dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Segundo a entidade, o Brasil tem a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais em todo o mundo, além de ser o terceiro maior país em população total de animais de estimação. São 58,1 milhões de cães, 27,1 milhões de gatos, 20,8 milhões de peixes, 41 milhões de aves e mais 2,53 milhões de outros animais. O total é de 149,6 milhões de pets. 

Com todo esse tamanho, no ano passado o mercado pet faturou R$ 35,8 bilhões, crescimento de 5,4% em relação a 2020. Vale lembrar que, por causa da pandemia, a economia recuou no Brasil e no mundo, mas o ramo de animais de estimação se manteve forte. A indústria nacional também tem se mostrado competitiva mundialmente com a exportação de US$ 412,5 milhões em 2021, aumento de 33% sobre o ano anterior. 

Essa pujança também é explicada pelo fator cultural. Na realidade, uma mudança de perfil das famílias brasileiras. Houve aumento de casais que optam por não ter filhos, ou somente um filho, e buscam a companhia de pets que, ao contrário de antigamente, passaram a viver dentro de casa. Sendo assim, começaram a ser tratados como membros da família, com direito a alimentação adequada, tratamento veterinário constante, vestimentas, roupas de cama, brinquedos, entre outros. 

“Os donos de pets chegam a programar suas rotinas diárias com base nas necessidades dos bichinhos de estimação. Essa mudança de perfil das famílias e a própria grandeza do mercado fazem do segmento um dos mais promissores e seguros para quem deseja investir em novas empresas que surgem para atender a esse público”, afirma Romeiro. 

Igor Romeiro, cofundador da Efund

Para o sócio da Efund, a “humanização” dos animais de estimação torna o segmento pet tão promissor e resiliente quanto o agronegócio. Se o agro é um ramo essencial por produzir alimentos, o de pet se torna semelhante à medida que é o responsável pela manutenção da saúde e bem-estar dos animais. 

“Hoje, cães e gatos são tratados como membros da família e são reconhecidos como verdadeiros companheiros das pessoas. Além do que, especialistas afirmam que a convivência com animais ajuda na saúde mental das pessoas, principalmente aquelas que vivem sozinhas em apartamentos. É difícil um negócio desse setor não dar certo. O investidor precisa apenas ficar atento aos fundamentos da empresa porque no que diz respeito ao mercado as notícias são promissoras”, conclui.

Igor Romeiro, cofundador da Efund