Startup de troco digital reduz fluxo e tempo de espera em até três minutos
A disseminação dos meios eletrônicos de pagamento, como cartão e Pix, resultou em uma diminuição significativa da circulação de dinheiro em espécie, impactando diretamente na produção de moedas no Brasil. Segundo informações fornecidas pelo Banco Central, a fabricação das mesmas registrou uma redução alarmante de 70% em um período de apenas três anos, o que tem acarretado alguns desafios do setor comercial – especialmente do varejo. Hoje, 61% dos comerciantes do segmento enfrentam dificuldades na entrega de troco.
Isso porque cerca de 63% dos brasileiros ainda lidam com dinheiro em espécie em suas rotinas, de acordo com pesquisa do Instituto Locomotiva.O que deixa claro que, mesmo com a ampliação dos meios tecnológicos de pagamento, o dinheiro físico ainda é um recurso muito utilizado pela população em suas compras diárias.
Nesse contexto, surgem, propostas de sanar as problemáticas de transações financeiras modernas, e suprir a escassez de troco nos grandes centros comerciais, que se agrava ainda mais em regiões onde a circulação de moedas é limitada. A Dyndo é uma startup que desenvolveu um aplicativo para melhorar a experiência de compra e venda de produtos e serviços.
O app, que digitaliza o troco e elimina o problema da falta de moedas, também reduz a espera nas filas, economizando tempo de caixa e de cliente.
“Quantas vezes esperamos pelo troco na hora de concluir uma compra? Um, dois, três minutos… E quando não há dinheiro suficiente em caixa, precisamos aguardar ainda mais até que o gerente traga. Esse procedimento consome um tempo que não podemos desperdiçar, e se os aplicativos estão constantemente nos auxiliando, por que deveria ser diferente em situações como essa.”
Wanessa Leite, CEO da startup.
Atualmente, o Dyndo atende clientes nas regiões do Norte, Centro-Oeste e Sudeste do país. Ao realizar o cadastro, o usuário pode receber o troco pelo seu CPF. O valor acumulado na conta pode ser transferido para outros usuários por meio do próprio aplicativo ou ser utilizado para pagar novas compras em estabelecimentos comerciais. Uma terceira opção de uso é adquirir cartões de recarga para serviços digitais, como iFood, Uber, Google Play e App Store.
“A ferramenta traz benefícios para ambos os lados. Para os comerciantes, além de obstruir o fluxo em caixas de supermercado, as transações eletrônicas oferecem maior segurança e lucro, tendo em vista que a taxa de uso é três vezes menor que a do Pix. Já para os clientes, a solução é mais conveniente e prática”, reforça a executiva.
Essa disseminação dos meios eletrônicos de pagamento tem transformado a dinâmica do comércio e o comportamento dos consumidores. “Dessa forma, podemos vislumbrar um futuro onde as transações financeiras se tornarão ainda mais fluidas e adaptadas às necessidades da sociedade moderna”, completa Wanessa.
