Três em cada dez micro e pequenas indústrias tiveram mais dificuldades em 2023 em relação ao ano anterior, segundo pesquisa SIMPI/Datafolha

Três em cada dez micro e pequenas indústrias tiveram mais dificuldades em 2023 em relação ao ano anterior, segundo pesquisa SIMPIDatafolha

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O faturamento das Micro e Pequenas Indústrias (MPIs) em 2023 mostrou-se diversificado, com 14% das empresas relatando melhorias, enquanto 50% conseguiram manter-se dentro das expectativas e 36% enfrentaram dificuldades. É o que mostrou a 10ª Pesquisa Nacional “Panorama da Micro e Pequena Indústria”, analisada em novembro e dezembro, encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (SIMPI) e realizada pelo Datafolha, sobre o sentimento da categoria a respeito dos negócios em 2023 e perspectivas para 2024.

Em meio a um contexto econômico desafiador, 25% dos micro e pequenos industriais consideravam o faturamento do ano muito pior em 2022, enquanto 48% estavam dentro do esperado e 26% experimentaram melhorias substanciais.

A margem de lucro, componente vital para a estabilidade financeira das MPIs, teve 12% das empresas registrando melhorias em 2023, enquanto 50% permaneceram dentro do esperado e 37% enfrentaram desafios. Ao considerar o contexto econômico volátil, 21% acreditavam que a margem foi muito melhor em relação a 2022, 31% consideravam muito pior e 46% dentro do esperado.

No âmbito das vendas, 16% das empresas experimentaram melhorias, 43% mantiveram-se dentro do esperado e 37% enfrentaram desafios. Comparativamente a 2022, 43% mantiveram-se dentro do esperado, 28% enfrentaram desafios significativos e 27% experimentaram melhorias notáveis.

A contratação de novos funcionários em 2023 mostrou-se positiva para 3%, ficou dentro do esperado para 45%, 36% enfrentaram dificuldades e 16% não tinham certeza.

Perspectivas para 2024

As expectativas para 2024 indicam que 57% das MPIs estão otimistas em relação aos negócios no próximo ano, enquanto 17% mantêm uma perspectiva pessimista. Em um contexto nacional em constante transformação, as regiões Centro-Oeste/Norte lideram o otimismo, com 72%, enquanto São Paulo e o Sul apresentam as maiores taxas de pessimismo, com 19%.

Joseph Couri, presidente do SIMPI, destaca: “Os números refletem a resiliência do setor diante das adversidades econômicas. A variabilidade nos resultados indica a necessidade contínua de adaptação e inovação por parte das MPIs.”

Couri conclui: “As perspectivas para 2024 são promissoras, com 38% acreditando em uma abertura de vagas e aumento nos investimentos para ampliar a produção, segundo nossa pesquisa. Isso sinaliza uma confiança renovada no potencial de crescimento do setor.”