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Inovações, tendências e negócios pautam segundo dia da Plástico Brasil

feira internacional do plástico

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No segundo dia da Plástico Brasil – Feira Internacional do Plástico, a movimentação no São Paulo Expo, pavilhão onde o evento é realizado, manteve a intensa visitação de profissionais do setor de transformação do plástico. O evento reúne mais de 800 marcas expositoras nacionais e internacionais, que apresentam tecnologias e soluções inovadoras em produtos básicos e matérias-primas, maquinários, equipamentos e acessórios, ferramentas e moldes, resinas, instrumentação, controle e automação industrial, robótica, projetos e serviços técnicos, reciclagem, entre outros.

“A Plástico Brasil consolidou-se como o mais importante ponto de encontro da cadeia de transformação do plástico da América Latina e um polo gerador de negócios entre mercados de todo o mundo.”

Liliane Bortoluci

Tecnologias do futuro para os dias de hoje

Tanto em conteúdos técnicos de alta qualidade, quanto em soluções de ponta dos expositores, esta edição da Feira Plástico Brasil traz o que há de mais recente no campo da inovação. Exemplo disso é a nanotecnologia, ciência que vem mudando a estrutura dos plásticos há anos, conferindo performance, desempenho, capacidade de aumentar o shelf-life do produto embalado, entre outras características.

A Feira Plástico Brasil 2023 traz ao visitante as tendências voltadas ao segmento e uma das atrações é a Escola Móvel de Nanotecnologia do SENAI, que foi criada há 11 anos para capacitar a mão-de-obra em todo o estado de São Paulo. Durante o evento, o visitante vai conhecer a unidade equipada com explicações teóricas sobre a nanotecnologia, conceito e as diversas aplicações, entre elas a dos plásticos. Em sua estrutura, a Escola Móvel de Nanotecnologia conta com equipamentos de alta tecnologia, como microscópio eletrônico de varredura, sistema de fabricação de dispositivos para nanolitografia, microscópio de força atômica e analisador de partículas. Na visita guiada gratuita à unidade, é possível presenciar demonstrações e vivenciar experiências práticas de nanociência e nanotecnologia. A unidade móvel é a possibilidade de oferecer a experiência interativa com equipamentos científicos de ponta e materiais informativos para aqueles que se interessam por inovação, pesquisa, materiais e tecnologia.

O Parque de Ideias também traz conteúdos específicos sobre a nanotecnologia e outras tecnologias, como as nanofibras poliméricas. O professor Guilherme Duarte de Barros, da graduação da Universidade Anhembi Morumbi e que se apresentará nesta quarta-feira (29/03), no Parque de Ideias, explicará sobre essa inovação, que confere propriedades específicas, como resistência, aos produtos em que se aplicam. “Desenvolvemos pesquisas que mostram caminhos para solucionarmos, por exemplo, questões ambientais de descarte de resíduos, como o isopor”, conta o professor, que tem em sua tese uma solução para transformar esse produto pós-consumo em nanofibra polimérica para a filtração de óleo.

Grafeno – o futuro já é realidade

O grafeno, parte de uma família de materiais de nanocarbono, considerado o material do futuro até alguns anos atrás, já é uma realidade para a indústria de transformação do plástico e a feira também traz novidades nesse sentido. Com sede em São Paulo, a Cromex, empresa que há 47 anos atua na fabricação de masterbatches, está trazendo em destaque para o evento a linha GrapheX – Cromex® Graphene. Desenvolvida em parceria exclusiva com a 2DM Solutions, de Singapura, a Cromex oferece soluções que resultam em redução de espessura, aumento de resistência e redução do consumo energético no processo produtivo do plástico. “Melhora também as propriedades do plástico pós-consumo na reciclagem”, conta Andressa Oliveira, Desenvolvimento de Produtos da Cromex.

Segundo Giovanni Dias, Product Technology Manager da Cromex, as perspectivas para essa inovação, que foi lançada na Feira K, na Alemanha, em 2022, e agora na Plástico Brasil 2023, são as melhores. “Tanto que a 2DM Solutions já pensa na possibilidade de ter uma fábrica no Brasil”, conta Dias.

Quem também trouxe o grafeno para a Plástico Brasil 2023 foi a Gerdau. A empresa estabeleceu a meta de, até 2030, ter pelo menos 20% de inovação em seu negócio. Com isso, nasceu a Gerdau Next, braço de inovação da companhia. A Gerdau Graphene nasceu em 2021 no âmbito da Gerdau Next e passou a testar o grafeno em aplicações diversas de alto valor agregado, entre elas o plástico, embalagens e filmes, com os mesmos benefícios observados, como resistência e durabilidade. “Produzimos masterbatches com grafeno disperso em polímeros em escala industrial e estamos avançando nas soluções que envolvam, por exemplo, a Economia Circular, uma tendência do mercado”, conta Valdirene Peressinotto, head of R&D and Partner Programs da Gerdau.

SMED

O conceito SMED, sigla em inglês para Single Minute Exchange of Die, já existe há alguns anos, mas ainda é pouco conhecido por boa parte dos transformadores do plástico. Na prática, significa realizar a troca de molde em menos de 10 minutos e, com isso, reduzir drasticamente o tempo que a máquina fica parada.

Na Plástico Brasil, sessões diárias e um workshop sobre SMED, comandado pelo fundador e diretor técnico da Escola LF, Alexandre Farhan, detalham o que é o set-up (tempo de parada e preparação de máquina), suas etapas e métodos para redução deste intervalo, até chegar ao “estado da arte” que é o SMED.

A troca de molde com SMED se vale de modernos equipamentos – gruas, placas magnéticas – que agilizam o processo a tal ponto que a apresentação que a equipe do Mundo do Plástico acompanhou, bateu o recorde do dia com a ação de troca de moldes em 3 minutos e 45 segundos.

O SMED da Plástico Brasil conta com a parceria das empresas Staübli, Romi, Previsão Presilhas e Berg-Steel. São cinco sessões diárias, com o workshop e a demonstração prática: 12h, 13h30, 15h, 16h30 e 18h. Localização: Rua J 004.

Braskem realiza tour de cadeia circular

A Braskem participa da Plástico Brasil e organiza tours por fabricantes de equipamentos que utilizam as resinas PCR (Post-Consumer Recycled) na transformação do plástico, evidenciando os benefícios da economia circular.

Na produção da resina PCR, as embalagens dos produtos pós-consumo (tampinhas, baldes, entre outros) são moídas no processo de reciclagem e transformadas em resina plástica para voltarem a ser utilizadas. Da mesma maneira, a empresa também utiliza o PCI (Pós-Consumo industrial), quando esses resíduos são provenientes de embalagens industriais.

Segundo o engenheiro de aplicação da Braskem, Gustavo Passos, a ideia é explicar as vantagens da utilização das resinas na economia circular. “A Braskem trabalha com a técnica de PCR, que permite a reciclagem mecânica do produto plástico já utilizado para que se torne novamente matéria-prima na reutilização de embalagens rígidas”, comenta. Os equipamentos dos fabricantes, expositores da Plástico Brasil, demonstram aos participantes do tour organizado pela Braskem os processos aplicados de injeção, sopro e flexíveis, com a participação das empresas Haitian International, BMB, EMTSA, Arburg, Eurostec, Romi, Multiblow, Carnevalli, HGR e Rulli Standard.

3ª Plástico Brasil – Feira Internacional do Plástico

Data: de 27 a 31 de março de 2023 – Horário: das 10 às 19 horas

Local: São Paulo Expo – Exhibition & Convention Center