De acordo com dados da plataforma de análise SEMRush, grandes varejistas podem desembolsar entre R$ 4 e R$ 20 milhões por mês em mídia paga para aumentar o volume de visitas em seus sites e alcançar o topo do Google. A cifra é elevada para um segmento altamente competitivo, caracterizado por margens de lucro mais apertadas e cuja rentabilidade é cada vez mais impulsionada pelo canal digital. Foi pensando em solucionar dores como esta que a Simplex, startup especializada em aumento de tráfego, conversão e vendas online, nasceu em 2017, trazendo para o mercado um recurso bem mais barato e com resultados superiores. Desenvolvendo de forma pioneira no Brasil soluções automatizadas de SEO (Search Engine Optimization) e inteligência artificial, a empresa tem ajudado a alavancar o número de acessos orgânicos de gigantes como Carrefour, Mobly e Leroy Merlin, gerando uma conversão de vendas 30% acima da média.
Com uma equipe enxuta de 10 pessoas, a Simplex faturou R$ 7 milhões em 2022, um aumento de 60% em comparação ao ano anterior. Para 2023, deve manter o ritmo de crescimento, reforçando a atuação no varejo e em outros segmentos como financeiro, imobiliário, farmacêutico e B2B.
Sediada no Brasil e na França e com atuação em mais de 10 países espalhados pela América Latina, Ásia e Europa, a startup já conta com 28 clientes em seu porftólio. A empresa surgiu da ampla experiência em SEO de seus fundadores, o brasileiro João Lee, especialista em plataformas digitais de Analytics e CRM (Customer Relationship Management), e o francês Florian Bessonnat, que já foi gerente sênior de projetos no Yahoo e é hoje professor de e-commerce na Universidade de Genebra. Ambos se conheceram quando trabalharam juntos para a Cnova, do Grupo Casino, onde João foi responsável pela área de Web Analytics e Florian atuou como Head Global de SEO.
O SEO é uma das estratégias mais importantes para atingir o topo do Google. E ter o site bem ranqueado nas buscas online garante a atração de um número maior de potenciais clientes para as marcas. Isto porque estudos apontam que o buscador se tornou o primeiro passo na jornada de compra dos brasileiros, impulsionado pelo crescente cenário de digitalização. Ainda, segundo o próprio Google, 75% dos usuários não vão além da sua primeira página quando fazem uma pesquisa, tornando fundamental o bom posicionamento dos portais.
A Simplex tem um modelo de negócios diferenciado no Brasil e altamente escalável, oferecendo algo que a maioria das agências de marketing digital – responsáveis, geralmente, pela oferta de estratégias de SEO – não oferece: automação de processos e inteligência artificial. “Quando se fala de SEO no país, se pensa em melhora de performance de sites através de produção de conteúdos relevantes. Nós focamos, desde o início, em uma abordagem tecnológica sofisticada do SEO, que olha para toda a estrutura interna do site, tornando-o mais facilmente rastreável pelo Google. Não basta entregar conteúdos atraentes ao usuário se as páginas sofrem com problemas de carregamento, por exemplo. Poucas empresas conhecem esse tipo de aplicação, o que vemos como uma janela de oportunidade no mercado”, destaca o CEO João Lee.
Crise no varejo é chance de crescimento
A Simplex desenvolve produtos altamente complexos, mas de simples implementação e resultados rápidos e escaláveis para o cliente. Os cases de sucesso da startup provam a excelência de suas soluções. A Mobly, varejista de móveis e artigos de decoração, viu seu tráfego orgânico aumentar em 20% e o total de cliques em 15% em um período de 14 meses.
Por trás do resultado expressivo, está o software Indexa, carro-chefe da Simplex, que cria automaticamente páginas online a partir de um modelo preditivo, capaz de antecipar as pesquisas mais procuradas pelos usuários, oferecendo produtos que correspondem exatamente a todas as palavras-chave utilizadas na busca. Já são R$ 119 milhões em produtos vendidos utilizando a solução.
“Considerando que o varejo trabalha com um volume imenso de produtos, o Indexa, por meio de inteligência artificial, faz o que seria manualmente inviável: não somente criar centenas de milhares de páginas, como também mantê-las atualizadas sobre variedades e valores, seguindo as melhores práticas dos buscadores.”
João Lee
O atual cenário de crise de grandes varejistas brasileiras também é percebido como uma oportunidade de crescimento para a startup, já que essas empresas precisam assegurar, mais do que nunca, a sua rentabilidade através de investimentos assertivos. “Nossas soluções entregam o que prometem de forma mensurável: maior tráfego e vendas”, reforça.
Soluções para todos os gostos e culturas
Os bons números do Indexa vão além do varejo, como grande parte das soluções criadas pela Simplex que se caracterizam pela flexibilidade de aplicação. O Buscapé, um dos maiores comparadores de preços da América Latina, com mais de 20 milhões de produtos cadastrados, também acelerou o volume de suas visitas mensais, saltando de 16 milhões para 21 milhões em menos de um ano.
Outra importante solução pioneira da startup é o Sir Cache, software que promove otimização máxima da performance dos sites, fazendo adaptações nos critérios de busca sem alterar a experiência do usuário. A CI&T, multinacional brasileira de serviços de TI, aumentou em quase 200% o seu número de acessos orgânicos em cerca de oito meses utilizando a tecnologia.
A implementação de soluções em uma diversidade de negócios e setores reflete a habilidade de adaptação da Simplex aos desafios do cliente e explica como ela vem se destacando no resto do mundo. João conta que em determinados países o buscador padrão varia, o que requer certas alterações técnicas – no Japão, por exemplo, o Yahoo e o Bing são os mais utilizados.
Para entender em profundidade como lidar com estes mercados e seus problemas, o time designado para estes projetos específicos também investe no aprendizado de seus respectivos idiomas. “A Simplex já nasceu internacionalizada, com bases no Brasil e na França, e hoje atua em países como México, China, Japão e Itália, entre outros. Mas não se trata apenas de uma questão de abrangência geográfica. Somos ‘globais’ porque também conseguimos mergulhar nos desafios técnicos e culturais do cliente. É assim que expandimos e pretendemos seguir nos internacionalizando”, finaliza.