A tomada de decisão na saúde brasileira evoluiu com o passar dos anos, sempre amparada por um fator externo que favorecia a escolha e a evolução da instituição e do cuidado com o paciente. Com a chegada da tecnologia e o advento da saúde digital, passamos a uma nova fase e a uma nova gama de fatores que podem impactar na gestão, como é o caso da cultura data-driven.
O data-driven na saúde se baseia na utilização dos dados tomada de decisão, mostrando que as informações geradas são concretas e que podem direcionar a gestão hospitalar.
Tal cultura se baseia nos princípios de processos, pessoas, tecnologia, inovação e governança. E são essas bases que fornecem as oportunidades perfeitas para que o gestor possa agir com precisão atendendo as necessidades da instituição, da recepção ao beira-leito.
E é dentro deste cenário que podemos dizer que as oportunidades por trás dos dados são muitas, e precisam ser bem aproveitadas.
O impacto dessas bases no cotidiano da saúde chamou a atenção do mundo, criando um segmento a ser explorado. Segundo a Grand View Research, o mercado global de análise de dados na saúde deve crescer 19,2% por ano até 2030, representando um grande avanço no campo da interpretação das informações registradas virtualmente no ambiente hospitalar.
Seguindo a tendência mundial, a metodologia tem sido cada vez mais implementada nas organizações por aqui no Brasil, mas ainda está longe de um cenário ideal.
Segundo a pesquisa TIC Saúde 2022, apenas 22% dos estabelecimentos de saúde brasileiros fazem análises de Big Data, com melhor aproveitamento entre as instituições privadas (23% do total).
Por isso, reforçamos o discurso de que é necessário olhar com mais atenção para as oportunidades que os dados criam para a gestão hospitalar. Ao trabalhar com as informações concretas de toda a operação, é possível ter a melhor escolha sem achismos.
Não adianta querer investir na expansão de leitos de UTI se não há fluxo de atendimento que justifique tal aumento. E ainda mais: o dinheiro investido em uma leitura errada poderia ser aplicado no estoque, na Enfermaria ou em melhorias em outras áreas que otimizam a operação do hospital.
É fundamental realizar a leitura correta do que está acontecendo, analisando todos os fatores e identificando gargalos, processos não-conformes e qualquer evento adverso que possa surgir no ambiente.
Em nossa rotina na CeosGO, temos clientes que se beneficiaram com painéis de indicadores e outras formas de registrar os dados. O que antes era feito manualmente ou sem uma conversação entre as ferramentas passou a ter um perfil integrado.
Planilhas, gráficos, visualização em tempo real e outras maneiras de visualizar o que acontece na instituição foram e serão fundamentais para a tomada de decisão correta, justificando a escolha de A e não B.
Assim como eles, outras instituições pelo Brasil e pelo mundo também estão começando a valorizar esse movimento. É preciso, assim como elas têm feito, entender as necessidades reais e ter uma cultura organizacional voltada para as informações coletadas de pacientes, profissionais e setores.
Dessa maneira, é possível aproveitar as oportunidades que os dados apresentam através das leituras corretas. O futuro da saúde passa por uma gestão precisa, descomplicada e que entende as situações reais pelas quais a organização passa.
Por Sócrates Cordeiro, CEO da CeosGO.