Quando o assunto é capital de giro, os micro e pequenos empresários de São Paulo buscam alternativas em linhas de crédito perigosas. A conclusão é do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, realizado pelo Datafolha a pedido do SIMPI – Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo. O levantamento mostra que 7% das micro e pequenas indústrias paulistas usaram cheque especial para capital de giro.
O risco dessa opção de empréstimo são os juros, um dos mais caros do mercado. Contudo, a procura é alta pela falta de opções de crédito adequado as características dos micro e pequenos industriais.
Na batalha diária para manter seu negócio funcionando, donos de micro e pequenas indústrias buscam capital de giro em opções de créditos que são verdadeiras armadilhas. Porém, quando não há dinheiro em caixa, o cheque especial pode funcionar como reserva de emergência. Todavia, o que falta são linhas de créditos mais baratas, que caibam no orçamento do empreendedor.
Entre as principais dificuldades para tomar empréstimo, a taxa de juros ocupa o primeiro lugar com 40%, seguida da falta de linhas de crédito adequada ao tamanho do negócio com 25% e restrições por causa de outras dívidas com 12%.
Na avaliação de Joseph Couri, presidente do SIMPI, a alta dos juros somada a dificuldade de acesso ao crédito são fatores preocupantes para a manutenção da atividade produtiva.
“Linhas de crédito adequadas aos micro e pequenos empreendedores seguem sendo um desafio a ser superado. É preciso mudar a forma que o crédito é avaliado e/ou concedido, para que empresários possam ter acesso à crédito novo, com custos acessíveis.”
Joseph Couri