Por Roberto Martins, Especialista em tecnologia e CEO da Avantiv.
Na era digital em que vivemos, a tecnologia se tornou parte integrante de nossas vidas, transformando a maneira como nos comunicamos, trabalhamos e interagimos com o mundo ao nosso redor. A indústria de tecnologia da informação (TI) tem sido o motor dessa revolução, impulsionando a inovação, a eficiência e a conectividade em escala global. No entanto, à medida que a demanda por dispositivos eletrônicos, data centers e infraestrutura de comunicação continua a crescer exponencialmente, o impacto ambiental associado a esse setor se torna cada vez mais evidente e preocupante.
De acordo com um relatório da Global e-Sustainability Initiative (GeSI), a indústria de TI é responsável por cerca de 2% das emissões globais de gases de efeito estufa, uma parcela considerável que tende a aumentar com a expansão contínua do setor. Além disso, um estudo conduzido pela Universidade das Nações Unidas revelou que, em 2019, foram gerados 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico em todo o mundo, um aumento de 21% em comparação com 2014. Desse total, apenas 17,4% foram formalmente reciclados, destacando a necessidade urgente de práticas de descarte adequadas e de uma transição para uma economia circular na indústria de TI.
A transição para uma indústria de TI mais verde requer uma abordagem abrangente e multifacetada. Uma pesquisa realizada pela Greenpeace apontou que, se as empresas de TI adotassem energias renováveis para abastecer seus data centers, poderiam reduzir as emissões de carbono do setor em até 50% até 2030. Além disso, a implementação de medidas de eficiência energética, como a utilização de sistemas de refrigeração mais eficientes e a otimização do desempenho dos equipamentos, pode resultar em uma economia de energia significativa. Um estudo da Agência Internacional de Energia (AIE) estimou que a adoção de práticas de eficiência energética poderia reduzir o consumo de eletricidade dos data centers em até 40% até 2040.
A promoção da economia circular também desempenha um papel crucial na redução do impacto ambiental da indústria de TI. Segundo um relatório da Ellen MacArthur Foundation, a transição para uma economia circular no setor de eletrônicos poderia gerar uma oportunidade econômica de US$ 520 bilhões até 2030, além de reduzir significativamente a extração de recursos naturais e a geração de resíduos. Empresas que implementam programas robustos de reciclagem e reutilização de equipamentos eletrônicos contribuem para o fechamento do ciclo dos recursos e para a minimização do impacto ambiental.
Além disso, o desenvolvimento de soluções verdes inovadoras, como a computação em nuvem verde e os sistemas de gerenciamento de energia inteligente, pode impulsionar a sustentabilidade na indústria de TI. Um estudo da Amazon Web Services (AWS) mostrou que a migração de cargas de trabalho locais para a nuvem pode reduzir a pegada de carbono em até 88%. Isso se deve à maior eficiência energética dos data centers em nuvem e à capacidade de ajustar dinamicamente os recursos computacionais de acordo com a demanda.
No entanto, a jornada rumo à sustentabilidade requer um esforço colaborativo. Uma pesquisa realizada pela CDP (anteriormente conhecida como Carbon Disclosure Project) revelou que as empresas que engajam seus fornecedores em práticas sustentáveis podem reduzir as emissões de carbono em sua cadeia de suprimentos em até 50%. Isso destaca a importância de parcerias e colaborações entre empresas de tecnologia, fornecedores e clientes para promover práticas ambientalmente responsáveis em toda a cadeia de valor.
Dados e pesquisas evidenciam a magnitude do desafio, mas também apontam caminhos promissores para a sustentabilidade. A adoção de energias renováveis, a implementação de medidas de eficiência energética, a promoção da economia circular e o desenvolvimento de soluções verdes inovadoras são estratégias fundamentais para reduzir a pegada de carbono, minimizar a geração de resíduos e impulsionar a transição para uma indústria de TI mais sustentável. Somente por meio de esforços concertados, colaboração entre os atores do setor e uma mudança de mentalidade em direção à sustentabilidade, poderemos colher os benefícios transformadores da tecnologia em harmonia com a preservação do meio ambiente. O futuro da indústria de TI depende de nossa capacidade de conciliar inovação e responsabilidade ambiental, garantindo um legado positivo para as gerações presentes e futuras.
Sobre a Avantiv.
A Avantiv foi criada em 2003 para atender empresas nacionais e internacionais na segurança de informação e dados cibernéticos, com o trabalho pautado em estabilidade, performance e confiabilidade a Avantiv tem avançado no mercado e se destacado com a maior empresa de hospedagem mais segura do Brasil, trazendo soluções diversificadas com controle em nuvem, monitoramento 24/7, e políticas de seguranças altamente eficazes e diversificadas.
Viabilizando um controle maior com servidores compartilhados e dedicados, máxima eficiência em hospedagem de sites, e por fim a serviço gerenciado de website para otimização em sites de busca (SEO).
Sobre Roberto Martins, CEO da Avantiv.
Com mais de 20 anos de experiência em TI, desenvolveu uma paixão por resolver problemas complexos com soluções inovadoras que combinam habilidades técnicas, visão de negócios e planejamento estratégico. Possui certificação de Engenheiro de Aprendizado de Máquina pela Udacity e cursos em inteligência artificial, gamificação e pensamento de modelo pela Universidade de Stanford. Aplica seus conhecimentos e habilidades em aprendizado de máquina, algoritmos e análise de dados para projetar e implementar soluções que aprimoram o desempenho, a segurança e a escalabilidade dos produtos e serviços na Avantiv.