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A importância da inteligência emocional para mulheres empreendedoras

A importância da inteligência emocional para mulheres empreendedoras

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A inteligência emocional é uma habilidade fundamental para as mulheres empreendedoras. A capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções e de pessoas ao redor, não é uma habilidade para todos e bebe ainda de outras fontes, como autoconsciência, autogestão emocional, empatia e processos sociais importantes, como a comunicação.

Pessoas que possuem um grau elevado de inteligência emocional são capazes de lidar com situações difíceis, tomar decisões importantes e construir relacionamentos saudáveis e produtivos. Para as mulheres empreendedoras, a habilidade permite que gerenciem as emoções e os desafios que surgem ao longo do caminho de criação e desenvolvimento de um negócio.

Existem 5 pilares para a inteligência emocional, sendo eles: autoconhecimento, controle emocional, automotivação, empatia e saber se relacionar. Todos estes pontos são interdependentes. Primeiro, porque é importante reconhecer e compreender as próprias emoções e como elas afetam o comportamento (autoconhecimento). E isso diz muito do lugar da empreendedora, que precisa ser capaz de entender suas emoções para tomar decisões eficazes e lidar com situações das mais variadas. O que nos leva ao controle emocional. Em outros termos, a capacidade de lidar com emoções negativas, como ansiedade e medo do fracasso, a fim de reverter tal processo e tomar rumos mais produtivos.

Sobre o terceiro pilar, a automotivação, está ligada a motivação – e gosto muito da analogia para a palavra que é motivo-para-a-ação, pois não estamos o tempo todo motivadas. É necessário que algo parta de dentro e se transforme em um motivo para realizar determinada ação. Mulheres empreendedoras precisam ter uma visão clara do seus objetivos finais e serem (e seguirem) motivadas a trabalhar entregando o melhor de si, principalmente se conectada a outras mulheres ou a uma comunidade empreendedora.

Já a empatia é a capacidade de compreender as necessidades dos outros. Essa habilidade diz muito sobre treinar o olhar por uma perspectiva que normalmente não é a nossa, em um treinamento diário. Isso muda a forma como encaramos as realidades e, se realizada de maneira adequada, pode abrir muitas portas e melhorar relacionamentos – o que nos leva diretamente ao nosso último ponto, o saber se relacionar.

Enquanto celebramos o poder da inteligência emocional no empreendedorismo feminino, é crucial reconhecer os desafios adicionais que as mulheres enfrentam. A economia do cuidado tem um impacto significativo na saúde mental das mulheres, especialmente das empreendedoras. Elas frequentemente enfrentam o peso das responsabilidades familiares e sociais, enquanto também são esperadas a desempenhar papéis de liderança nos negócios.

Em meio a desigualdades sociais persistentes, as mulheres continuam sendo sobrecarregadas com a tarefa do cuidado, o que pode afetar sua saúde mental e emocional. A estrutura patriarcal impõe expectativas irrealistas sobre seu papel, tornando ainda mais vital o desenvolvimento da inteligência emocional. Ao reconhecer essa realidade, é fundamental que as mulheres empreendedoras se equiparem com as ferramentas da inteligência emocional não apenas para enfrentar os desafios dos negócios, mas também para cuidar de sua própria saúde mental.

Por Josy Santos, Líder da Unidade de Negócios de Empreendedorismo Feminino na Semente.

*Josy Santos atua como líder da unidade de negócios Mulheres e Inovação na Semente Negócios. Especialista em negócios liderados por mulheres, diversidade, equidade e inclusão, inovação e responsabilidade social corporativa. Já atuou no programa Shell Iniciativa Jovem, foi mentora do Startup Weekend edição Impacto Vix e Women Nacional e speaker no South Summit 2023, em Porto Alegre. Voluntária na diretoria de Diversidade ABRH-ES. Foi reconhecida pelo prêmio Ser Humano com a pesquisa Políticas e Práticas de Gestão de Pessoas Voltadas para Mulheres no Estado do Espírito Santo. Escreveu sobre a temática diversidade, empreendedorismo e lideranças femininas para o Estadão, Exame, A Gazeta, entre outros. É administradora, mestranda em Empreendedorismo e Negócios pelo BRITO Instituto, tem certificado em Gestão Integrada ESG pela PUC-RJ, em Gestão da Diversidade e Inclusão pelo Instituto Ethos, e em Elaboração e Implementação de Programas de Responsabilidade Social Corporativa pela PUC-RS.

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